terça-feira, 8 de fevereiro de 2011



Aproxima-se cautelosamente. O passo fugaz, a cabeça olhando cá e lá sugerem o risco da empresa. Atravessa mais um obstáculo. O rio traiçoeiro dá sinal verde. Metais entrecortando o leito asfáltico. A caça está além-rio e a travessia é em faixa estreita. O dorso desconfortável sob a iluminação fluorescente é só mais uma barreira transponível. De longe, avista sua presa, imóvel, quase alegre só de ser vislumbrada. Caminha resoluto. Arqueia nas pontas dos pés, um urro da hérnia, a pata tosca lança o ataque. A gelatina está na prateleira de cima.

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